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Le texte des Autres: Ponto da paixão efêmera

4 Maio

Era linda de morrer a mulher parada no ponto do ônibus. Vinícius, debruçado sobre o parapeito de sua janela no sétimo andar, apaixonou-se por ela. O período em que o ônibus levou para chegar ao ponto e levá-la em direção ao seu destino foi o tempo de duração da repentina paixão.

Criou um mundo de ilusões em torno da bela estranha. Entre tantos férteis pensamentos, imaginou sendo ela desquitada e, quem sabe, sendo mãe de um pequeno filho. Talvez fosse vendedora de alguma loja de roupas e artigos femininos. Devido à hora tarde da noite, poderia ser que a moça estivesse retornando do trabalho para casa. Carregava nas costas uma mochila preta e uma sacola de supermercado em uma das mãos. Quem dera estivesse ao seu lado, pensava, a fim de exercer o cavalheirismo já esquecido por grande parte dos homens ditos modernos. Queria apenas oferecer-se para segurar a mochila e a sacola que pesava em seus finos braços, seria um prazer esse pequeno favor. A gentileza, claro, seria acompanhada de um brilho no olhar e um leve sorriso estampado no canto da boca, cheio de boas intenções.

Lembrou-se do velho binóculo guardado na gaveta de uma estante. Esse binóculo fora deixado de “herança” por seu finado bisavô polonês que morrera quando Vinícius tinha apenas seis anos. Fez pouco uso do objeto de lentes, umas poucas vezes para assistir mais de perto as confusões geradas por batidas de carro no cruzamento da esquina e para testemunhar os constantes delitos que ocorriam nos finais de tarde. A pivetada era como praga naquele bairro. Um verdadeiro terror para a gente idosa que passava por ali. Finalmente, a ‘herança’ serviria para assistir algo que realmente prestasse. As lentes aproximaram a mulher para junto dele, como num simples passe de mágica, mas a imagem estava desfocada. Deu jeito no foco e pôde, então, apreciar nitidamente os detalhes que jamais enxergaria a olho nu.

Os olhos da moça, amendoados e um tanto ansiosos, procuravam em meio ao intenso tráfego o ônibus que a levaria dali. Para a mulher, a demora de quinze minutos era uma eternidade; para Vinícius, um deleite. Apesar do rosto e do corpo conservados, a idade era de mulher já feita, por volta dos trinta, no máximo trinta e três. Os cabelos loiros e lisos contrastavam com a pele morena de sol. Percorreu todo o seu corpo até chegar nos pezinhos enfeitados pelas unhas pintadas. Calçava sandálias brancas, dessas que deixam a mulher com ar de imponente. Sem aquelas plataformas, percebia-se que era mulher tipo mignon, como dizem por aí.

Era nítida a ansiedade da moça. Notava-se pelos suspiros de impaciência causados pelo atraso da condução. De minuto em minuto trocava de lugar. Pegava o saco plástico e o colocava no chão, prensando-o entre as pernas já cansadas de permanecerem ali eretas, criando varizes.

Um sujeito de bermuda, camiseta de time de futebol e chinelos posicionou-se atrás da moça. As más intenções foram logo denunciadas pelo olhar de tarado que lançava em direção às nádegas contornadas pela calça justa da mulher. Vinícius sentiu o sangue esquentar. Teve vontade de descer de onde estava e envolver o pescoço fino do sujeito em um eficiente mata-leão até lhe causar um merecido desmaio pela falta de respeito com sua amada estranha. Pensou em alertá-la através de um grito. Não, tanto o mata-leão quanto o grito excederiam os limites do senso comum e poderiam assustá-la. Além do mais, o que havia de tão grave em olhar para ela? Era impossível que um homem não se deixasse fascinar pela beleza atrativa que a envolvia. Não demorou muito e o homem com olhos impuros subiu num ônibus qualquer e foi-se para longe dali. E novamente ela pertencia somente a Vinícius.

Ele percebeu, de repente, um certo ar de alívio no rosto da amada. Era o ônibus que estava chegando finalmente. Em frações de segundos a moça não estava mais lá com a mochila, o saco plástico e as sandálias brancas. O coletivo, como um grande monstro sobre quatro rodas, engoliu a pobre moça sem deixar vestígios do seu nome ou telefone. Vinícius acompanhou de cima do prédio o ônibus partir. Tinha a esperança de vê-la pela última vez, nem que fosse um pedaço do seu fino braço. No banco onde ela se assentou, na fileira do lado oposto à sua visão, Vinícius não pôde alcançá-la. O ônibus partiu e levou de vez a mulher do ponto.

Ela jamais soubera que naquela noite agraciara com sua beleza o coração de um homem que olhava por um acaso a vida passar. Foi efêmera aquela paixão. Da sua janela, Vinícius sonhara em envelhecer ao seu lado e, se necessário fosse, morrer de amor por ela. Uma vida inteira Vinícius viveria ao lado de Maristela. Esse era o nome que inventara para ela.

 

Quer saber quem escreveu esse texto?

Ilan Pellenberg Dantas dos Santos (1976), é carioca. Formado pela Universidade Estácio de Sá em Publicidade e Propaganda, quando estagiava nas rádios Tupi FM (hoje Nativa) e no Sistema Globo de Rádio redigia textos que eram lidos no programa noturno “Toque de Amor”. Criava, também, textos publicitários de chamadas promocionais dos patrocinadores dos programas daquelas emissoras. Trabalha como coordenador de eventos empresariais na empresa Anima Eventos. Afirma: “…desde criança escrevo quase que compulsivamente, sinto que é meu dom.”

Email:  ilan.pellenberg@ig.com.br

                                                                                                         Xoxo,

                                                                                                                      Nanda!

Paixão, mulheres e amigas

3 Out

 O que as mulheres são capazes de fazer por uma paixão? Praticamente tudo. As apaixonadas vivem em outra dimensão e só se entendem com outras apaixonadas. Alguém, em seu estado normal, pode conceber que, na era pré-celular, havia quem passasse o dia inteiro em casa porque ele poderia telefonar? E, como nas casas só existia um telefone, ninguém podia falar, para não ocupar a linha. Converse com algumas mulheres dessa época e elas terão muitas histórias para contar, todas abso-lu-ta-men-te idênticas. Porque elas (nós), quando se apaixonam, são todas iguais. Experimente perguntar a sua amiga como foi que eles se conheceram, como tudo começou. E pode pegar um livro, disfarçadamente, pois ela vai falar durante horas sem que você precise dizer uma só palavra. As apaixonadas mentem para o chefe com a cara mais inocente e adoecem a tia ou a mãe sem nenhuma culpa, arriscando o emprego e talvez o futuro, para ficar com ele mais algumas horas na manhã de segunda-feira.

A criatividade de uma mulher apaixonada não tem limites. Se ele não é totalmente livre, digamos assim, ela vai descobrir o nome da outra, a profissão, o número do telefone do trabalho, o nome e a idade dos filhos em mi-nu-tos. Para uma mulher apaixonada, é fundamental ter uma amiga com poucos escrúpulos, muito tempo vago, hábil e com talento
para fazer todos os papéis, se for preciso – e sempre é. Porque ela é quem vai ligar à noite para saber se ele está em casa, vai se plantar dentro do carro até de madrugada para ver se ele entrará sozinho no apartamento ou com alguma vadia. Essa amiga topa dar uma festa só para você poder usar seu vestido mais sexy – e convidá-lo, claro. Quem tem uma amiga assim tem tudo na vida e, se tiver um amigo – pois às vezes é necessário uma voz de homem -, aí é o paraíso. São raros esses amigos tão preciosos, mas eles existem. Uma mulher apaixonada não hesita em cometer os maiores desvarios. Se o telefone dele
estiver ocupado durante muito tempo, ela é capaz de ligar para aquela mulher de quem desconfi a – e sabe o número de cor -, e, se o dela também estiver ocupado, é elementar: eles estão falando entre si.

Ah, as mulheres apaixonadas: por mais sérias que sejam, por mais responsáveis diante do mundo, viram doidivanas quando um homem consegue atingir seu coração. Elas são maravilhosas, todas tão diferentes e tão iguais; e não existe nada melhor do que ouvi-las
falando de seus amores. Entre o papo de duas adolescentes ou de duas mulheres várias vezes casadas e com filhos de diversos maridos, não há diferença. Afinal, não há maior estado de graça do que estar apaixonada. Se você tem uma ou duas amigas assim, aproveite para aprender o verdadeiro sentido da vida. E faça isso antes que alguém chame a ambulância do manicômio e o enfermeiro leve-as em camisa-de-força. A única chance que elas têm de escapar é se a psiquiatra for mulher e também estiver apaixonada; nesse caso, o papo vai se estender até o dia clarear. A três, é claro. O que seria do mundo sem as mulheres?

P.S.: Quem escreveu esse texto foi a Danuza Leão.

                                                                                             Xoxo,

                                                                                                       Nanda!

Paixão

20 Jul

A paixão faz a pessoa parar de comer, dormir, trabalhar, estar em paz. Muita gente fica assustada porque, quando aparece, derruba todas as coisas velhas que encontra.

Ninguém quer desorganizar seu mundo. Por isso, muita gente consegue controlar esta ameaça, e são capazes de manter de pé uma casa ou uma estrutura que já está podre. São os engenheiros das coisas superadas.

Outras pessoas pensam exatamente o contrário : entregam-se sem pensar, esperando encontrar na paixão a solução para todos os seus problemas. Colocam na outra pessoa toda a responsabilidade pela sua felicidade, e toda culpa por sua possível infelicidade. Estão sempre eufóricas porque algo de maravilhoso aconteceu, ou deprimidas porque algo que não esperavam terminou destruindo tudo.

Afastar-se da paixão, ou entregar-se cegamente a ela – qual destas duas atitudes é a menos destruidora ?

Não sei.

P.S.: Esse foi um trecho de um livro do Paulo Coelho que se chama Onze Minutos, super recomendo o livro.

Mas iai, entregar-se a paixão ou se afastar dela ? Quero respostas !

                                                                         Xoxo,

                                                                                     Nanda !

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