Nem a vida corrida da mulher moderna é capaz de tirar dela o tempo de embelezar os cabelos. A bancária Elaine Prado, por exemplo, gasta mais de oito horas por semana no salão, normalmente sábado, dia em que deveria ser para lazer. “Além da razão de estar bem apresentável no trabalho, mexer no cabelo é mexer na autoestima. Quando estou com alguma dificuldade, eu vou ao salão”, revela.
Na avaliação do hair designer Heraldo Pinto, muitas vezes a mudança do visual por meio do cabelo é “uma espécie de fuga”. Com isso, as poltronas e cadeiras dos salões de beleza se tornam verdadeiros divãs. “Elas querem se encontrar, querem resolver algo que incomoda, mas, muitas vezes, o problema não está no cabelo. É algo interno. Mudar o cabelo às vezes dá certo, às vezes não”, afirma Heraldo Pinto, Já a cabeleireira Patrícia Oliveira admite que muitas clientes sacrificam outras prioridades para manter o cabelo bonito. “Elas vêm produzir uma imagem que seja socialmente aceita”, diz.
Madeixas e saúde
Mas essa obstinação em mudar o cabelo diversas vezes em pouco tempo, conforme o humor pode acarretar danos irreversíveis às madeixas e à saúde. “A mulher hoje anda em busca da perfeição e acaba excedendo. É importante respeitar os limites de cada tipo de fio”, avalia o cabeleireiro Fábio Santana.
Ele adverte que mesmo os melhores tratamentos cosméticos são incapazes de recuperar os cabelos submetidos a muitos processos químicos. O dermatologista e especialista em tricologia, Valcinir Bedin, afirma que, independentemente do grau, todos os processos que mudam a aparência natural do cabelo são agressivos. “A promessa, por mais maravilhosa que possa se apresentar, quebra as pontes de queratina, que é o que dá forma ao cabelo, de lisos e cacheados a crespos”.
De acordo com Bedin, a mais recorrente busca pela transformação dessas pontes é o alisamento, que muda drasticamente a forma das pontes de queratina. Resultado: o cabelo, segundo ele, fica mais frágil e quebradiço, podendo até cair.
Adeus ao formol
O avanço da tecnologia cosmética vem tentando amenizar esses danos. A carbocisteína e o ácido glioxílico, por exemplo, vêm substituindo o formol nos produtos alisantes. Ainda assim, segundo Bedin, apesar de ser menos agressivo, prejudica a estrutura dos fios.
Botox Capilar
Depois da submissão dos cabelos a tantos processos químicos, vem a necessidade dos tratamentos, um item que também agrega o crescimento do mercado de beleza. Depois do sucesso da queratinização e cauterização, surge uma novidade no mercado, que é a aplicação de botox capilar, lançado pela Ybera. “Mas que fique claro que tem curta durabilidade”, adverte Fábio Santana.
Valcenir Bedin atesta que, para a saúde dos cabelos, nada como um tratamento de dentro para fora, com uma alimentação rica em nutrientes e equilíbrio emocional.
“O melhor é manter a naturalidade dos cabelos. Não existe cabelo bom ou ruim. As pessoas precisam se aceitar como são. A beleza do ser humano está na diversidade”.
P.S.: Retirei essa matéria do jornal “A Tarde” e foi escrito por Débora Alcântara. Jornal do dia 24/7/11.
Xoxo,
Nanda !
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